A mutilação genital feminina, que também é conhecida por circuncisão feminina, é a retirada dos órgãos sexuais externos da mulher – a retirada do clitóris, dos grandes lábios, depende da região do mundo que a prática é realizada. Essa prática acontece em países africanos, na Indonésia, no Iémen, no Oriente Médio, e acontece ainda nos dias de hoje, embora ela seja considerada pela ONU uma violação dos direitos humanos.
Existem várias consequências ruins para a saúde, como dificuldade em urinar, dificuldade em escoar o fluxo menstrual, dificuldade para engravidar e até hemorragias que podem levar a morte durante a prática desse ritual. Esse ritual também é sustentado no machismo, no patriarcado e na escravidão, visto que em muitas culturas a circuncisão feminina é justificada para que a mulher não traia o marido, para garantir a paternidade dos filhos, as escravas que eram mutiladas, elas tinham mais valor monetário.
A maioria das razões apontadas para a mutilação genital feminina passa por aceitação social, religião, desinformação sobre higiene, um modo de preservar a virgindade, tornando a mulher "casável" e ampliando o prazer masculino. Em algumas culturas é considerada um rito de passagem à vida adulta e um pré-requisito para o casamento. Geralmente, no entanto, o procedimento é feito contra a vontade da mulher.
No Quênia, Bishara Sheikh Hamo que se tornou ativista contra a mutilação genital feminina conta que a mutilação genital feminina foi feita nela ao lado de outras quatro garotas:
"Fui submetida à mutilação quando tinha 11 anos. Minha avó me disse que era uma exigência para todas as meninas, que nos tornaria puras."
"Eu estava vendada. Depois eles ataram minhas mãos para trás, minhas pernas foram abertas e prenderam meus lábios vaginais".
"Depois de alguns minutos, comecei a sentir uma dor aguda. Gritei, gritei, mas ninguém podia me ouvir. Tentei me soltar, mas meu corpo estava preso."
Ela afirmou que o procedimento é trágico. "É um dos tipos de procedimentos médicos mais severos, e não há higiene. Eles usam o mesmo instrumento cortante em todas as garotas."
O único analgésico disponível era feito a partir de uma planta. "Há um buraco no chão e uma planta nesse buraco. Então, eles amarraram minhas pernas como um cabrito e esfregaram a planta em mim. E depois na próxima garota, e na seguinte, e na seguinte..."
"Depois de alguns minutos, comecei a sentir uma dor aguda. Gritei, gritei, mas ninguém podia me ouvir. Tentei me soltar, mas meu corpo estava preso."
Ela afirmou que o procedimento é trágico. "É um dos tipos de procedimentos médicos mais severos, e não há higiene. Eles usam o mesmo instrumento cortante em todas as garotas."
O único analgésico disponível era feito a partir de uma planta. "Há um buraco no chão e uma planta nesse buraco. Então, eles amarraram minhas pernas como um cabrito e esfregaram a planta em mim. E depois na próxima garota, e na seguinte, e na seguinte..."
"Você é um cubo de gelo. Não sente nada, não ama, não tem desejo", afirma.
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